“Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel
observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes
– a quem chama de Jess e Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina
ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante,
segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias
depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. ”
O trecho acima se trata do primeiro thriller
psicológico escrito por Paula Hawkins, e que pelo visto “embarcou” no mesmo
estilo de Garota Exemplar, da escritora Gillian Flynn, apropriando-se do gênero
suspense e mistério.
A Garota no Trem conta a história de Rachel,
uma mulher de mais ou menos trinta e cinco anos, depressiva, traída e com problemas
de alcoolismo, ou seja, um fracasso total. A narrativa é traçada como se fosse
um “diário”, contando todas as coisas que a protagonista faz durante o dia ao
ir para o trabalho. Isso passa a impressão de que Rachel não tem vida social e
nem mesmo perspectivas de futuro. Seus sonhos estão todos dilacerados por conta
da separação de Tom e ela agora vive às sombras do ex-marido, causando-lhe
problemas.
O único hobby
de Rachel é observar os moradores de uma casa, inventando nomes fictícios, “Jess
e Jason”, para eles e lhes descrevendo uma vida feliz e bem-sucedida. Em um
belo dia, de dentro do trem, ela flagra “Jess”, que na verdade é Megan, em uma
situação extraconjugal com seu psiquiatra Kamal. Após esse episódio, Megan
desaparece e o principal suspeito é o marido “Jason”, que na verdade é Scott.
Como Rachel não tinha nada melhor para fazer, entra em contato com Scott,
tentando ajudá-lo. O que ela não sabia é que iria se envolver em confusões que
poderiam até custar sua vida.
A escrita não utiliza uma linguagem complexa,
porém o livro vai se intercalando em três narradores diferentes: Anna, Megan e
Rachel, o que faz da leitura pouco empolgante. O enredo é fraco para ser
considerado um thriller psicológico, sem falar que a escritora deixou várias
pontas soltas. A tentativa de escrever a história em forma de diário fez com
que a leitura ficasse cansativa e caísse na mesmice. Eu não assisti ao filme
ainda e espero de coração que os diretores conseguiram preencher as lacunas da
história.
Por Rosa Rezende
Redator Miguel de Assis
Nenhum comentário:
Postar um comentário