domingo, 4 de dezembro de 2016

O livro A Garota no Trem não me surpreendeu em nada, saiba por quê?


“Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel 
observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes
 – a quem chama de Jess e Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina
ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, 
segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias 
depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. ”




O trecho acima se trata do primeiro thriller psicológico escrito por Paula Hawkins, e que pelo visto “embarcou” no mesmo estilo de Garota Exemplar, da escritora Gillian Flynn, apropriando-se do gênero suspense e mistério.
A Garota no Trem conta a história de Rachel, uma mulher de mais ou menos trinta e cinco anos, depressiva, traída e com problemas de alcoolismo, ou seja, um fracasso total. A narrativa é traçada como se fosse um “diário”, contando todas as coisas que a protagonista faz durante o dia ao ir para o trabalho. Isso passa a impressão de que Rachel não tem vida social e nem mesmo perspectivas de futuro. Seus sonhos estão todos dilacerados por conta da separação de Tom e ela agora vive às sombras do ex-marido, causando-lhe problemas.
O único hobby de Rachel é observar os moradores de uma casa, inventando nomes fictícios, “Jess e Jason”, para eles e lhes descrevendo uma vida feliz e bem-sucedida. Em um belo dia, de dentro do trem, ela flagra “Jess”, que na verdade é Megan, em uma situação extraconjugal com seu psiquiatra Kamal. Após esse episódio, Megan desaparece e o principal suspeito é o marido “Jason”, que na verdade é Scott. Como Rachel não tinha nada melhor para fazer, entra em contato com Scott, tentando ajudá-lo. O que ela não sabia é que iria se envolver em confusões que poderiam até custar sua vida.

A escrita não utiliza uma linguagem complexa, porém o livro vai se intercalando em três narradores diferentes: Anna, Megan e Rachel, o que faz da leitura pouco empolgante. O enredo é fraco para ser considerado um thriller psicológico, sem falar que a escritora deixou várias pontas soltas. A tentativa de escrever a história em forma de diário fez com que a leitura ficasse cansativa e caísse na mesmice. Eu não assisti ao filme ainda e espero de coração que os diretores conseguiram preencher as lacunas da história. 

Por Rosa Rezende
Redator Miguel de Assis

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